Publicado em 1922, 'O Banqueiro Anarquista', uma espécie de conte philosophique, ou 'conto de raciocínio' como denominava o autor, obra ainda hoje muito pouco lida e pouco analisada. Trata-se dum diálogo botequinesco entre um personagem anônimo e um ex-operário, também anônimo, que se tornou banqueiro, apresentado desde o início como 'um grande comerciante e açambarcador notável'. No diálogo, o banqueiro narra seu processo de formação, procurando demonstrar logicamente porque é realmente 'anarquista' na teoria e na prática. Trata-se, assim, de um conto sobre razões da ação prático-moral, em que desfilam inteligência e dissimulação, lógica e disfarce.