Precioso guia de boas maneiras publicado em Portugal em 1845 e que logo ganhou uma legião de leitores fiéis na recém-criada corte imperial brasileira.A partir de finais do século XVIII, mas sobretudo durante o século XIX, toma força um novo gênero literário consagrado às boas maneiras. Escritos de modo claro e didático, os guias de boa conduta dedicavam-se à "ciência da civilização" e introduziam seus leitores nas atividades que marcavam a vida de sociedade: bailes, reuniões, saraus e jantares. No entanto, juntamente com a civilidade vinha o aumento do embaraço, que se traduzia, nesse casso, em regras de higiene. Os manuais aconselham a evacuação diária, banhos de quinze em quinze dias, além da troca de roupa-branca tão logo esteja suja. A civilização leva sempre à restrição dos costumes, e a dificuldade está em evitar os gestos naturais, como espirrar, tossir ou até mesmo se coçar.