A Escrituras Editora, dentro da Coleção Ponte Velha, edição apoiada pelo Ministério da Cultura de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB/Portugal), publica Das Estações Entre Portas, estudos críticos sobre temas variados, escrito por Joana Ruas, uma consistente historiadora, dedicada às culturas de Timor Leste e Nova-Guiné. A organização e prólogo da obra são de Floriano Martins e ilustrações de Aline Daka. Não descarto a relação amorosa entre a realidade e a imaginação em Das Estações Entre Portas, explica Joana Ruas. Sempre que alguém quer exprimir o que sente ou pensa, acha-se perante o que se não exprime, o que jaz em si de misterioso e secreto e que busca a palavra para a si mesmo se revelar, algo que quer surgir à luz do dia através de uma forma. É, como lhe chamou Paul Valéry, ‘Aventurar-se no silêncio do desconhecido entregue à abundância da invenção solitária’. Joana Ruas explica um dos temas abordados no livro: a luta pela sobrevivência da memória é a luta pela sobrevivência do amor, da amizade e da subjetividade no que esta tem de confusão, de lacunas e de olvido (...) O que busco é a comunicação e a amizade sem perda de autonomia, isto é, sem perda da minha liberdade subjetiva e assim alcançar uma forma de agir justa face ao desenrolar dos fatos da minha vida pessoal e coletiva.