Aos oito anos a partir de um estalo abrupto de consciência passei a carregar comigo toda carga que tenho. Vindo de uma família desestruturada em todos os sentidos, vi na minha frente um vazio e nasceu uma necessidade de preenchê-lo. O mundo em que vivia não me dava nem perguntas, quanto menos respostas. Restou-me o caderno, a caneta e a vontade de traduzir os sentimentos, e assim sozinho eu comecei. Passaram-se mais oito anos e já com dezesseis tive a brilhante ideia de rasgar todos os textos que tinha produzido até então, joguei literalmente no lixo. Achei que poderia ser jogador de futebol, mas claro, a resposta obvia veio logo. Voltei a escrever no ano 2001 e não parei mais...