Os olhares estereotipados sobre as realidades têm resultados perversos. O fato de serem homens - e, no caso da violência armada urbana, jovens do sexo masculino - os que mais matam e mais morrem, tem levado a que se fechem os olhos a outros atores envolvidos nesta violência e aos múltiplos impactos que as armas de fogo podem ter nas vidas de diversos sectores da população. Na violência armada, entendida como uma violência de homens contra homens, a mulher tem sido o ausente social por excelência.No entanto, as manifestações dos vários tipos de violência apresentam-se em várias escalas, desde a intersubjectiva à internacional. E estas manifestações, ou fontes de insegurança, muitas vezes silenciadas, são comuns a vários contextos locais, tornando-se assim globais.