Quando percebemos as ilhas em nós? Quantas de nós revestem a ilha? Este livro é um marco pessoal, Josiane propôs escrever poesias e, durante a escrita, o mundo foi assolado pelo coronavírus. Ilhada é um livro de poesias em liberdade-isolamento escrito no Norte do Brasil. Caminhamos sem fixidez pelas letras das poesias sobre a cidade, sobre olhares de si, sobre identidades, identificações e solitudes populadas. Com uma tarefa de reviver a casa e o mundo em isolamento, a autora descreve seu mundo ao redor com focos museológicos, pensa os objetos e o entorno com poesias moventes. As poesias escritas neste livro sugerem o que disse Manoel de Barros: a poesia como uma voz de fazer nascimentos. A poesia como curva em meio ao caos, como aponta em Silhuetas: era a curva da vida ingerindo formatos abertos. Essas poesias se inscrevem como um trânsito entre olhares públicos e olhares isolados, sobre identidades e modos de estar no mundo. Não somos fixos nem mesmo em isolamento, (...)