Carlos Franchi (15 de agosto de 1932 - 25 de agosto de 2001) considera a linguagem uma atividade constitutiva, evidenciando que o problema básico da linguagem é o da significação. Todos os recursos formais da linguagem servem para criar sentido. A função de comunicação é a função central da linguagem e determina suas outras funções. No entanto, essa função não se reduz à transmissão de informações, mas diz respeito ao uso social da linguagem. É a práxis enunciativa que determina a estrutura da língua. Franchi reconhece que a linguagem é um instrumento de comunicação, de interação, de influência sobre os outros, mas a função de comunicação, em Franchi, pressupõe muito mais do que a troca de informações: a linguagem é um sistema aberto, disponível para o atendimento de todas as necessidades de comunicação, o que significa que ela não é a "história do homem", mas constrói essa história. A linguagem não é apenas um sistema formal, é, antes de tudo, um espaço de criação e de (...)