Em seu segundo livro, Carol Teixeira propõe um desafio a si mesma como escritora: às crônicas, adiciona um "verdade?" e aos contos, um "mentira?", testando os limites do fazer literário, da ficção e da realidade, acrescentando um ponto de interrogação que acompanha o leitor à medida que esse desvenda as experiências de Verdades & mentiras. No prefácio, o jornalista Juremir Machado da Silva reforça os olhares múltiplos que se podem reservar ao livro e à autora: "(...) um paradoxo, uma mulher de bem com a vida, uma pessoa disposta a apostar tudo na intensidade de cada dia, uma escritora talentosa, um axioma e muito mais". Carol Teixeira tem a "alma de purpurina", como ela revela na crônica de mesmo nome, e é esse brilho que transmite por meio de seus textos. Aliás, ela não teme se mostrar, mesmo que faça uma ode contra o espelho que, segundo ela, nos limita a ver apenas uma das tantas imagens que somos. A escritora não teme revelar também que perdeu o pai muito cedo e que essa foi uma das experiências mais definidoras de sua existência, como relata em "Vida". Carol Teixeira surpreende também quando o assunto é futebol. Em "Meu dia na Bombonera", a escritora - que viajara a Buenos Aires para participar de uma festa de música eletrônica - conta como passou de alguém que odeia futebol para uma torcedora de coração.