Um casal de namorados, sobre o cais, encostado no muro de pedra, escutava, imóvel, retendo a respiração. Um automóvel buzinou em Charenton. E subitamente um berro, um gemido inaudito se elevou, rasgando a imensidão serena. Era o velho que, dentro da água, berrava de pavor. Ele não fazia mais nenhum esforço racional. Debatia-se como um alucinado, dando pontapés que faziam a água borbulhar. Outros barulhos surgiam nas proximidades. Pessoas se movimentavam em uma barcaça. Mais além, uma voz de mulher adormecida dizia: - Você vai lá ver o que houve?