Baseado no mito de Sumé (uma figura que está na mítica de todos os povos americanos, desde o Alasca à Terra do Fogo), Galdino conta a santa aventura de um grupo de religiosos em terras brasileiras, cujo objetivo da viagem oceânica era evangelizar. Quando Sumé e seus seguidores aportaram na praia habitada por uma das tribos da nação Tupinambá, foi identificado como o descendente de Marata, uma figura mitológica que visitara os antepassados dos índios em um tempo indefinido. Ele foi tratado como divindade, pois fora seu antepassado que ensinara os índios a plantarem milho, mandioca e abacaxi, além de interpretarem o céu e as estrelas... No entanto, quando Sumé se posicionou contra a poligamia, a relação entre os estrangeiros e os nativos ficou tensa e a nau partiu. Dessa vez, Sumé e seus seguidores aportaram na Baía Grande, terra do chefe tupinambá Boiúna. Tiveram a mesma boa recepção: comeram, foram presenteados, trocaram conhecimentos. Foi nessa estada que Sumé e seus seguidores testemunharam a antropofagia e traumatizados partiram dali. E assim, em andanças pelo litoral brasileiro, os brancos se encontraram com os tupiniquins, os cariós, os caingangues. Sempre bem recebidos, mas em choque com as crenças e os costumes dos indígenas.