A manipulação do discurso vitimário pelos meios de comunicação exceptuados aqueles atingidos pela violência letal das agencias policiais, dos quais se confisca a própria condição de vítima culmina o estudo de Maria Gabriela. Na esteira de Zaffaroni, ela percebe que há vítimas e vítimas, e que só interessam à mídia aquelas cujas características pessoais e sociais possam converter em peça propagandística por mais controle punitivo, por mais violência institucional, por mais redução das garantias individuais, por mais intervenções do sistema penal.