Este livro não pode ser visto isoladamente. Insere-se numa tradição literária secular e numa mitologia de vigor excepcional: o sonho do paraíso terrestre. Este sonho fixa-se no séc. XVII nos mares do Sul que começam então a ser explorados sistematicamente. Tudo ali se procura, naquelas regiões longínquas do Pacífico: um clima feliz, uma natureza generosa onde sobrevive o "bom selvagem" de Rousseau, inocente e nu, libertado das pressões do dia-a-dia e sem necessidade de trabalhar.