Caminhos. São eles que formam o elo entre o migrante, seu antes e seu depois. Por vezes, caminhos de pedra, áridos; por vezes trilhas a serem abertas pelo sujeito que os descobre como possibilidade. Sempre, redutos de passagem, resistência e (des)encontro. Vitor Ramil (2008, p. 268) relata a \u201cdor dos caminhos\u201d, que, ao mesmo tempo, comporta beleza e perversidade. É ela \u2013 a dor \u2013 principal matéria-prima para a produção literária brasileira contemporânea, a qual tem explorado amplamente fluxos migratórios, deslocamentos e migrâncias internas e suas consequências socioculturais e individuais.