A presente obra propõe que no filosofar de Nietzsche há uma relação entre inconsciente e consciente que não se encontra restrita ao âmbito teórico dos conteúdos, da conceituação e da articulação lógica, e sim enseja uma protagonização pela via da admissão e do controle das forças inconscientes em sua filosofia, mediante o fazer artístico. Desse modo, num primeiro momento vê-se como Nietzsche mobiliza comandos inconscientes ao filosofar \u2013 com sua escrita e estilo emanados de seu metabolismo e de sua pulsação fisiológica \u2013 protagonizando a passagem de estratos inconscientes para a superfície consciente. Num segundo momento, o foco está em como essa ligação se faz possível, perscrutando-se uma reflexividade e um fazer artístico já entre os impulsos orgânicos, segundo suas dimensões e interações.