O livro tem por objetivo questionar o respectivo modelo punitivo de bases antecipadas, levando em consideração os conceitos sistêmicos e autorreferenciais de pessoa e não pessoa - como verdadeiros instrumentos de reificação humana - defendidos pelo penalista alemão, que se afiguram como preocupantes à luz das garantias a que deve deter-se o direito penal. A par disso, na presente obra, o autor questiona até que ponto pode um modelo punitivo estatal apresentar-se como um mero direito de vigilância, maculado pelo simbolismo ineficaz, que apresenta como figuras contraditórias aos problemas sociais as figuras da demonização e do amplo adiantamento da punibilidade por mera suspeita, em total afronta ao Princípio garantista da Culpabilidade, por esgrimir a pecha de um anacrônico Direito Penal do autor.