No plano econômico, exibimos um futuro promissor. Ainda assim, somos habitantes de uma província cujo espírito de aldeia reflete o quinhão tabaréu da nossa herança colonial, circunstância que passou pelo verniz de um Império tropical, regime monárquico que o desabrido Napoleão não conseguiu dominar, mas, para proveito nosso, fez transferir da Europa, e cujas lembranças, especialmente as do Segundo Reinado, aqui representam, apenas, a exaltação do seu melhor desempenho, de um tempo de prudência e de visão de Estado que perdemos para a insensatez e a opacidade de uma burocracia anacrônica. Este ensaio também discorre sobre a faceta obscura, a aura positivista e o espírito autocrático que herdamos. Por fim, ventila o cosmopolitismo, um ideal que se tornou compatível com a globalização do século XXI e que, a exemplo da Europa comunitária, pode nos abrir o caminho de cultivar a província respirando o universo..