A tecnologia de DNA e sofisticadas bases de dados policiais são apresentadas como uma máquina da verdade em séries televisivas como o CSI, ganhando centralidade no imaginário coletivo sobre a investigação criminal. Como se situam indivíduos condenados pela prática de crimes perante este super-herói tecnológico ? Tendo por base entrevistas realizadas a reclusos portugueses e austríacos, neste livro interrogam-se as estruturas sociais, culturais e políticas que sustentam a forma como se articulam, nos dias de hoje, tecnologia, vigilância e controlo social. As opiniões dos presos sobre as tecnologias forenses projetam representações e experiências sobre o trabalho da polícia e dos tribunais, ao mesmo tempo que desvendam processos identitários fragmentados e trajetórias de exclusão e estigmatização sociais.