O Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, do STJ e então Diretor da Escola Nacional da Magistratura, em seu artigo publicado na Revista do IMB-In Verbis. Rio de Janeiro: ano 01, n° 0, fev-mar/96, p. 13, sob o título "A Reforma Processual", asseverou: Algumas certezas, todavia, desde já se fazem presentes. Dentre elas, de que um importante passo foi dado em termos de aprimoramento do nosso ordenamento processual; de que é imprescindível modernizar-se a nossa organização judiciária, inclusive adotando órgãos permanentes de planejamento e reflexão; de que, juntos, o legislativo e os segmentos da comunidade ,jurídica muito podem contribuir nesse sentido do aperfeiçoamento do sistema e da própria justiça. Foi exatamente a partir dessas proposições que os autores Pedro Madalena e Álvaro Borges de Oliveira desencadearam o trabalho de composição da presente obra Organização & Informática no poder Judiciário, enfrentando os seguintes principais temas: 1 - A morosidade da Justiça brasileira; 2 - Cartórios automatizados e com processos virtuais; 3 - Descentralização de atribuições do Juiz; 4 - Sentenças cíveis produzidas por sistema inteligente; 5 - Sentenças criminais produzidas por sistema inteligente; 6 - Importância da informática no Judiciário; 7 - O Judiciário em rede nacional - INFOJUS. Trata-se de uma obra inédita, em que os autores procuram demonstrar que é possível, além da automação e virtualização do processo judicial, haver julgamento por meio de sistemas informatizados inteligentes. Sugerem fórmulas para o quase extermínio dos papéis como únicos instrumentos do processamento das ações judiciais e também para a produção de decisões de modo a evitar as necessárias buscas incansáveis no Ordenamento Jurídico, em que se descortina um complexo emaranhado de normas processuais que só mesmo os computadores teriam condições de promover ajuda na condução do difícil trabalho de julgar. Para a consecução dos objetivos pretendidos, os autores observam a necessidade da criação de órgão permanente de planejamento nos tribunais, em que magistrados temporariamente dispensados de judicar (comissões e reuniões-relâmpago geralmente tornam-se inúteis) pudessem, numa harmônica parceria com promotores de justiça, advogados e técnicos das áreas da computação, administração, economia, estatística e contabilidade, encontrar os novos e modernos rumos de organização e informatização do Poder Judiciário. Sérgio Hammes Professor da Escola de Governo do Vale do Itajaí, SC; especialista em Direito Administrativo pela Universidade Regional de Blumenau, SC; Advogado; bacharel em Administração