O avanço da fronteira agrícola moderna segundo uma lógica socialmente excludente, as políticas territoriais, públicas e privadas, decorrentes desse movimento e a peculiar articulação do Centro-Oeste e do Norte entre si e com o restante do território brasileiro conformam, em linhas gerais, o caminho trilhado pelo geógrafo Daniel Huertas para interpretar a formação socioespacial brasileira. Graças a um magistral domínio do método geográfico, uma extensa e minuciosa pesquisa de campo pelos domínios do Cerrado e da Amazônia e uma revisão bibliográfica criteriosa, Huertas logrou desenvolver com criatividade e elegância um tema complexo e cheio de armadilhas, de importância incontestável para aqueles que desejam compreender um pouco mais a dinâmica da organização e do uso do território brasileiro no período histórico atual. (Ricardo Castillo)