Considerando camponeses-migrantes, este trabalho interroga as relações entre raízes e desenraizamento, entre partir como experiência de liberdade, e entre o êxodo como nomadismo e perda do sentido da partida, quando a questão das políticas agrícolas sucessivas dos governos impõe errância sobre a terra. Por isso, a questão: Até que ponto camponeses-migrantes não são desenraizados? Até que ponto migram na busca e na luta por um enraizamento, por direitos, pela terra como ponto de retorno, de referências culturais básicas?. Ao ingressar no coração da história, este livro nos permite refletir sobre a contingência do futuro e, ao mesmo tempo, sobre a liberdade de ação de todos, que não deixa de ser a de cada um de nós.