Venturelli volta a investir no homoerotismo. Um personagem abandonado em plena noite de sábado, para fugir da solidão, procura companhia na internet. Encontra Wallace, 19 anos, mulato de explícita sensualidade. A paixão reina desenfreada e não perdura. Então o personagem, homônimo do autor, buscando saturar a ausência, a falta, escreve bilhetes de intensa voltagem erótica para o garoto são os poemas que formam o livro. Mas em cada texto, o cio animal, o visgo, o suor, o corpo/galáxia, o desespero do gozo suplantam em muito a questão de gênero. Não podemos restringir estes textos de esplêndida carpintaria à questão gay.