Este livro analisa a educação enquanto uma política pública de construção da cidadania e inclusão social, uma tarefa nada fácil que envolve uma dimensão conceitual ainda insípida na Academia Brasileira, não totalmente resolvida, como é o caso do papel do Estado no Neoliberalismo frente a educação do campo, a educação formal nos presídios e a educação não-formal nos espaços de reciclagem, a dialeticidade das iniciativas educacionais fundamentadas em Paulo Freire, nos intentos educativos do pioneirismo no Centro Oeste de Santa Catarina, ou nas discussões sobre a educação no Brasil colonial e, contemporâneamente, nas discussões inevitáveis sobre o meio ambiente e as questões culturais. Nesta obra a educação não é um fato isolado, está engendrada em um contexto histórico e econômico, refém de políticas neoliberais que querem transformá-la em mercadoria. O que fica evidente em cada análise é a repulsa pelo ideal mercadológico da ciência e da educação, fugindo da tendência comportamentalista que se vê atrelada ao pensamento calculista, preocupado com as causas finalísticas. Esta coletânea vai trabalhar na corrente contrária acreditando e apostando em uma pedagogia histórico-crítica, fazendo do ser humano um sujeito histórico, portanto concreto, contextualizado, envolvido com o meio e suas circunstâncias