Rastros do verão trata de um narrador vagando por uma cidade deserta, numa terça-feira de Carnaval. Na bagagem, somente as próprias lembranças. "Baixei os olhos, olhei meu copo: um resto de chope sem sombra de espuma. Quando voltei a olhar o garoto ele estava com o braço erguido chamando pelo garçom. Vieram mais dois chopes. O garçom abriu a vidraça ao nosso lado. Perguntei o que ele faria se o seu pai aparecesse. Ele olhou pela janela em direção ao Mercado, e disse que qualquer um poderia aparecer e declarar ser seu pai que ele não teria como acreditar ou não - a única imagem que tinha dele era a de um homem sem face. Novamente baixei os olhos. E virei o braço como quem consulta o relógio no pulso. Mas o meu pulso estava nu. Então cocei a região do pulso, e me senti covarde."