Despertar das Águas é mais autobiográfico do que meus títulos anteriores. Não no sentido de refletir um eu estrito mas de rever-me no mundo das memórias, das idéias, dos outros eus que a vida pós-moderna impõe mediante identidades exógenas ? que retemos por comodismo, numa fantasia ególatra. Imitando os outros ou sendo imitado. A cultura de hoje é de plágio e reconstrução contínua, mais coletiva do que individual. Mas ainda deve haver espaço para a autobiografia... e para as memórias. E para diários pois todo mundo se desnuda em blogs pessoais quase promíscuos, como big brothers assumidos...