De que adianta a poesia esforçar-se em descrever fielmente uma dor, um anzol, uma mulher desnuda, se todas essas circunstâncias são ainda um sujeito embriagado de pertinência falando de um objeto? Para a poesia, melhor ser efêmera e, portanto, sujeitar-se mais vezes à ressurreição, do que, sem o auxílio da sutileza, promover a morte definitiva do signo e dos significados.