A história real de um encontro improvável que desafiou o preconceito, promoveu a ciência e salvou vidas. No século XVIII, epidemias de varíola varriam a Europa. E a doença era democrática: arrasava tanto o campo quanto os palácios, destruindo dinastias e fazendo os impérios trocarem de mãos. Ninguém estava seguro. É nesse contexto que a todo-poderosa imperatriz da Rússia, Catarina, a Grande, e o médico inglês Thomas Dimsdale se uniram. Numa decisão arriscada e corajosa, a imperatriz aceita se submeter ao estranho procedimento que o médico vinha estudando e que apresentava resultados promissores: a inoculação. Desenvolvida a partir de uma prática popular, a inoculação consistia em fazer o paciente receber uma gota de pus de uma pessoa infectada para que manifestasse uma versão leve da varíola, adquirindo assim imunidade. A novidade científica foi recebida com resistência e ceticismo por grande parte da população.