O ato estético, nos processos educativos, é aquele que orienta o desenvolvimento humano, por meio da imaginação e da criação cujos produtos, materializados, estão à nossa disposição nas mais diversas atividades e setores da existência humana. Não somente a arte, mas a ciência, as tecnologias, e todas as atividades educativas necessitam do ato estético. Por meio dele, em uma educação estética, temos a possibilidade de ampliar as nossas experiências pessoais, sociais e históricas. Nisso se constitui uma educação social. A estrutura comum da educação social está orientada para ampliar ao máximo os limites da experiência social restrita, para organizar o contato da pisque da criança com as esferas mais amplas possíveis da experiência social já acumulada, para inserir a criança na rede da vida com a maior amplitude possível [...] Por isso, quando se fala em educação estética dentro do sistema de formação geral, sempre se deve levar em conta, sobretudo, essa incorporação da criança ao trabalho mundial que a humanidade realizou no decorrer de milênios [...] A regra a ser seguida aqui não deve ser o embelezamento da vida, mas a reelaboração criativa da realidade, isto é, uma elaboração das coisas e do próprio movimento das coisas que iluminará e elevará as vivências cotidianas nível de criativas [...] A tarefa da educação estética, como toda educação criativa, deve partir, em todos os casos normais, da existência dos elevados dons da natureza humana e da suposição de que as maiores possibilidades criativas estão presentes no ser humano, e, que se deve dispor e orientar as influências educativas para desenvolver e manter essas possibilidades [...] (VIGOTSKI, Psicologia Pedagógica, ARTMED, 2003, p. 238- 244).