Durante um longo período da pré-história, do paleolítico ao megalítico, dominaram Deusas-Mãe, do Sol, da Terra e das suas entranhas. Gravuras em pedra e esculturas, figuras de fecundidade ou amazonas, protectoras ou destruidoras, são disso testemunho, da Índia a Creta e de Roma às terras celtas. Progressivamente desapossadas pelo desenvolvimento de uma sociedade patriarcal, as grandes deusas subsistirão sob outras formas. O cristianismo irá substituí-las pelo culto mariano ou irá persegui-las como bruxas. Fiel ao seu projecto de reabilitação das sociedades pré-clássicas, Markale assinala, nesta obra, através dos mitos e dos santuários, a sobrevivência, oculta mas universal, da grande deusa. Esta abordagem de Jean Markale situa-se na imensidão de estudos efectuados sobre o mundo celta, porém, vai mais longe no tempo como no espaço. Um livro refrescante e apaixonante a ser lido por todos. JEAN MARKALE, historiador, leccionou durante vinte e cinco anos para depois se dedicar à investigação da mitologia celta e do Círculo do Rei.