Dois pontos de vista nortearam esta obra: A de que o ensino de língua, inclusive a reflexão metalingüística e os conhecimentos da língua como fenômeno, não se confundem com a apresentação formal de uma teoria gramatical nem se limita ao nível da frase; e a de que, considerando equivocada e ideológica a associação entre norma culta e escrita e a inexistência de uma modalidade superior unificadora das variedades faladas do português, não faz sentido insistir que o objetivo da escola é ensinar o chamado português padrão. O papel da escola deve ser o de garantir ao aluno o acesso à escrita e aos discursos que se organizam a partir dela.