Meu primeiro contato com A Divina Comédia se deu quando adolescente. Minha professora de História, Dona Giselda, disse que, se eu realmente tivesse interesse na boa literatura, deveria ler a obra-prima de Dante. Tratei logo de adquirir uma tradução e m português na Livraria do Globo, no centro de Porto Alegre. A funcionária me confidenciou que poderia conseguir outras duas edições, uma em espanhol e outra em italiano. Seu pai vendia livros usados. E me presenteou com outra edição em português, de José Pedro Xavier Pinheiro, de 1965. Dona Giselda surpreendeu-me dias depois com uma tradução para o francês, da Les Meilleurs Auteurs Classiques, editada pela E. Flammarion, de Paris. Tempos depois, adquiri uma edição de 1858, da Librairie de L. Ha chette, com notas introdutórias de Pier Angelo Fiorentino.