O mais surpreendente deste livro é que ele se entrega, em um gesto a um só tempo generoso e exigente, como exemplo vitae daquilo que admira, quer dizer, temos diante dos olhos um discurso rigoroso, denso e aberto que vive na dimensão do estudo, da memória, de uma outra antropogênese possível em que potência e ato já não estão mais enfrentados. Assim, para compreendermos o que pode vir a ser o direito apenas estudado referido por Kafka, Agamben e Ana é preciso ler este livro que, para além da dimensão crítica devedora do caráter destrutivo da autora, investe suas energias utópicas não para descrever, mas para praticar, sem fissuras, o tal direito estudado. - Andityas Soares de Moura Costa Matos