A reflexão de um dos mais importante filósofos alemães sobre a desumanização do outro durante o Nazismo permanece dolorosamente atual diante dos últimos acontecimentos da política no Brasil e no mundo. Concebido em 1945, e vindo a lume no ano seguinte – quando os crimes perpetrados pelo regime nazista foram revelados nos julgamentos de Nuremberg –, este ensaio de Karl Jaspers logo se impôs como a primeira, e indispensável, reflexão sobre culpa de um povo inteiro. Jaspers – que foi afastado de seu posto universitário em 1937 pelo fato de ser casado com uma judia – voltou do isolamento forçado pelo regime de Hitler e desempenhou a partir do pós-guerraA emoção depõe contra a verdade do falante, Não queremos bater no peito pateticamente para ofender o outro, não queremos enaltecer em autossatisfação aquilo que pretende ofender o outro. Mas não deve haver barreiras impostar por limites moderadores, nem benevolência através de omissão, nem consolo baseado em ilusão. Não há pergunta que não possa ser feita, não há obviedade cara, nem sentimento ou mentira que devam ser protegidos. Mas, principalmente, não deve ser permitido bater-se no rosto com ousadia em razão de juízos desafiadores, infundados e levianos. Não somos um conjunto; precisamos sentir nossa causa comum quando dialogamos.A emoção depõe contra a verdade do falante, Não queremos bater no peito pateticamente para ofender o outro, não queremos enaltecer em autossatisfação aquilo que pretende ofender o outro. Mas não deve haver barreiras impostar por limites moderadores, nem benevolência através de omissão, nem consolo baseado em ilusão. Não há pergunta que não possa ser feita, não há obviedade cara, nem sentimento ou mentira que devam ser protegidos. Mas, principalmente, não deve ser permitido bater-se no rosto com ousadia em razão de juízos desafiadores, infundados e levianos. Não somos um conjunto; precisamos sentir nossa causa comum quando dialogamos.