Esta obra de Lima Barreto, publicada postumamente, em 1923, apresenta uma nação fictícia, Bruzundanga, onde ele teria residido. Em forma de crônicas, o autor apresenta de forma satírica esta nação, criticando os privilégios da nobreza, o poder das oligarquias rurais e as desigualdades sociais. A obra pertence ao Pré-Modernismo, período de transição entre a tradição literária do século XIX e o Modernismo. Os escritores do Pré-Modernismo, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros, já anunciam a grande temática que ocupará a primeira geração modernista: a redescoberta dos valores brasileiros, expressa por um nacionalismo que retoma a vertente regionalista da literatura de modo crítico.