Em seu poema Meditação para Bashô, Max Martins observa sua Solitária pedra-silêncio em uma forma que avança e recua, que examina a superfície e rompe o silêncio denso através da cigarra: A cigarra penetra o silêncio A voz / A voz solitária A pedra O templo A cigarra / O templo A cigarra penetra o silêncio: A voz solitária // A voz solitária A pedra O templo a cigarra penetra / A cigarra penetra o silêncio: A voz solitária / Solitária pedra: O templo A cigarra / penetra o silêncio: A voz O texto de André Villani também oscila e explora superfície e interior, concreto e sensível. Mas em O Tempo para Cartografar seu livro de estreia, ao contrário de Max, André examina as bordas de um objeto que por dentro é poeira, gás, partículas em suspensão. Constrói as bordas e tudo o que cabe no entorno a casa, a família, o chão, os barcos e as formas de um corpo caracol. [...]