Como nos outros volumes da série (Um mapa da ideologia e Um mapa da esquerda na Europa Ocidental), textos clássicos e contemporâneos, complementares ou divergentes entre si, compõem um painel abrangente, com uma longa introdução geral de Benedikt Anderson. Partindo de artigos que afirmam as posturas liberal e socialista clássicas, escritos por Lord Acton e Otto Bauer, segue-se um debate histórico-sociológico entre Ernest Gellner e Miroslav Hroch, um frisando as ligações entre o nacionalismo e a superação das sociedades agrárias, o outro enfatizando a variabilidade do fenômeno, bem como suas raízes antropológicas. John Breuilly e Anthony D. Smith fazem um contraponto um ao outro, tecendo considerações sobre a importância das lideranças políticas e a permanência das comunidades étnicas na construção dos movimentos nacionalistas. Gopal Balakrishnan e Partha Chatterjee, do Círculo dos Estudos Subalternos, oferecem visões cruciais sobre as limitações da abordagem iluminista da nacionalidade, como o fazem Sylvia Walby e Katherine Verdery, com suas reflexões sobre os entrelaçamentos entre a política da nação, do sexo e da identidade. O sociólogo Michael Mann refuta a idéia de que o Estado nacional se esgotou. Por fim, relacionando as questões teóricas com a política de nossa época, Eric Hobsbawm, Tom Nairn e Jürgen Habermas discutem, com graus variáveis de otimismo e pessimismo, o futuro dos projetos nacionais.