Na emergência de um mercado consumidor em expansão, estimulado por avanços tecnológicos capazes de baratear custos e sob condições favoráveis à circulação, surge, em 1905, uma publicação destinada à infância, que permaneceria atuante por mais de meio século: O TICO TICO. Sintonizados com as expectativas mais amplas da sociedade em relação à criança e identificados com os valores e comportamentos das classes privilegiadas, seus editores investiram e impuseram uma linha educativa a um instrumento de comunicação de massa. Todavia, sem condições de competitividade diante do grau de racionalização alcançado pela atividade empresarial ligada à imprensa infantil, incapaz de absorver novos valores e estilos de vida e de enfrentar, persuasivamente, novos contornos do bem e do mal, do certo e do errado, da violência e da tolerância, O TICO TICO desaparecia nos incisos de 1960, expulso por outros "pardais", os "gibis".