Este livro trata da dança contemporânea e das chamadas políticas públicas culturais no Brasil. Ele está dividido em três movimentos distintos e um interlúdio que se conectam pelo interesse em delinear a condição que envolve as artes e a configuração de danças, em finais do século XX e começo do XXI - mais especificamente até meados de 2016, em São Paulo. A partir da erupção de forças em luta, investiga a emergência do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo e sua ampliação e efeitos na produção e conformação de políticas na cidade. Situa também o curso sobre investimentos, ao longo da história recente do Brasil, para sustentação de políticas públicas culturais, além de oferecer considerações acerca dos editais de incentivo. Esse trabalho roça fronteiras e limiares demarcados por referências de pensamentos que retorcem o governo das condutas. Faz-se necessário por parte do leitor um exercício insistente do corpo para escutas e experimentações de forças, onde se pode discernir territórios de dominação e matris estéticas de expressão catalizadoras de outros modos de dançar a vida e praticar danças