É consenso afirmar que o poder permeia todas as relações do homem no decorrer de sua vida, em todos os grupos sociais. Poucos termos alcançam tanta repercussão e importância para o ser humano, como por exemplo o amor. Esses termos cruciais definem as direções do convívio humano, além de revelarem suas expectativas e opiniões quanto ao mundo e ao modo que nele inserem seus projetos e a si próprio. Em um passeio pelos campos da sociologia, psicanálise e das ciências políticas, o autor retoma o pensamento desenvolvido em seu livro 'Da horda ao Estado' e dá continuidade à busca da compreensão do poder, do enigma que o caracteriza, de seus controles sociais e de sua permanência. Seu objetivo é revelar que a base do poder é composta de pulsões de morte, que agem diretamente sobre ele ou por intermédio da fascinação, da manipulação e da sedução. 'Figuras do poder' surge, por meio de seus ensaios, como uma provável resposta aos que se perguntam se existe uma forma possível de poder não mortífera, que favoreça a participação efetiva e a adesão dos cidadãos. Nele, filósofos, cientistas políticos, economistas, sociólogos, psicólogos e todos os interessados em pensar as injunções do poder, podem encontrar uma valiosa contribuição.