Trata-se de uma profunda e provocativa reflexão sobre as repercussões da máquina social do racismo na vida dos indivíduos negros no Brasil. A partir de um exercício de resgate de uma memória de resistência, o professor de literatura Luiz Maurício Azevedo elenca as cicatrizes que o preconceito legou a ele e a seu corpo negro. Neste livro, episódios dolorosos da infância do autor em uma cidade do interior do estado do Rio Grande do Sul, são lidos através da lente crítica que procura desesperadamente um caminho para completar o processo de emancipação de sua consciência. Com tons autobiográficos e muita ironia, Luiz destrói as bases que sustentam o racismo brasileiro, pavimentando novas estradas para o pensamento negro brasileiro contemporâneo