Vivemos em uma condição crítica impregnada de interrogações que interpelam muitos cristãos de varias igrejas. Como viver a fé no tempo da crise ecológica? Como invocar Jesus Cristo, quando até mesmo a água com que batizamos corre o risco de estar poluída? Como cantar à luz verdadeira, quando a fumaça das florestas incendiadas ou a poluição pode obscurecer o Sol? Como fazer memória do Criador, quando nossa vida está embebida de teologia, sempre mais distante da possibilidade imediata de uma relação com o mundo natural? A experiência de interrogações dramáticas constitui também a ocasião que permite redescobrir novas direções para a existência da fé. É de tal entrelaçamento que se desenvolveu essa busca de uma espiritualidade capaz de imprimir sentido e estilo às existências daqueles que desejam habitar a Terra à luz da escritura e da fé cristã. O percurso proposto é um convite a olhar o mundo com olhos novos, a redescobrir a Terra abençoada pelo Senhor, para viver diante dele, de modo novo, a nossa existência, a experiência o mundo - em seu esplendor e na ameaça de lhe está sobranceira - como criatura de Deus, boa e merecedora de amo.