Ao longo de seus 20 anos de desdobramento, o projeto Séculos Indígenas no Brasil foi se revelando ser um teçume urdido por mãos diversas e generosas. Teçume necessário para nos proteger das tempestades da mentira e dos mal-entendidos que se abateram sobre todos durante a construção de nossa aldeia comum. A violência do redemoinho do capital, como aponta Wilma Mendonça, em sua obra, chamou de encontro o confronto e tentou nos impor definitivamente, a nós indígenas e não indígenas, versões de uma história na qual nunca pudemos nos reconhecer. Para a autora, somos membros da mesma tribo e compartilhamos a mesma fé na história que juntos nos propusemos a tecer. Wilma e nós sabemos que a gratidão só pode ser obra coletiva de reconhecimento (Frank Coe - cineasta indigenista).