Marisa Midori apresenta um estudo sobre a expansão dos circuitos do livro na capital paulista no século XIX, procurando oferecer um quadro das práticas culturais na cidade no início da República. A autora discute a instalação da primeira biblioteca pública em 1825 e o estabelecimento da Academia de Direito em 1827, importantes marcos para a criação de um círculo de leitores na cidade ainda provinciana. Analisa, a seguir, a formação do intelectual na cidade, a vida acadêmica e a fortuna dos livros, adentrando na esfera privada por meio do estudo de inventários post-mortem, de forma a verificar a presença dos livros na casa paulistana e o interesse de seus moradores. Finalmente, dedica-se ao aparecimento das livrarias e seu impacto na sociedade paulistana na segunda metade do século XIX, destacando questões como o consumo de livros franceses e seus principais agentes de difusão.