Quando Davi Moura chegou ao Departamento de Policia Civil em Porto Alegre, a vida de Lívia mudou completamente. Aquele doutor barbudo, forte, extremamente inteligente e charmoso com seu sotaque sulista parecia ter preenchido um vazio dentro de si que ela jamais conseguiria explicar em palavras, e com ele não foi nada diferente. Ele não sabia se tinha cacife para namorar a melhor e mais bonita investigadora do estado, mas tentou e conseguiu. Um completava o outro, parecia que aquela teoria da ‘metade da laranja’ nunca havia feito tanto sentido, mas em uma noite de natal, algo mudou, foi o fim de tudo. Para ele Lívia “não era mais o suficiente”, não existia mais sentimento algum, aquele relacionamento de “contos de fadas” era uma mentira. O cara mais amável que ela havia conhecido se transformara em segundos e ela nunca soube explicar o porquê, se é que havia alguma explicação.