Nito abria um berreiro por tudo e ninguém aguentava mais tanta choradeira. Um dia seu pai o chamou num canto e veio com aquele discurso: Você é um rapazinho, já está na hora de parar de chorar à toa. E tem mais: homem que é homem não chora." Essas palavras martelaram na cabeça do Nito. De tal maneira que o menino resolveu parar de chorar. Definitivamente. Engoliu todas as lágrimas e contabilizou: tantos choros quando cortou o pé, mais tantos choros quando levou aquela enorme injeção, e assim por diante. Mas como ninguém é de ferro, caíu na cama doente. E só um médico, o Dr. Aymoré resolveu o seu problema: o menino tinha que desachorar todas as lágrimas reprimidas, uma a uma. Os pais do Nito trouxeram duas bacias enormes e além do menino, todos naquela casa choraram juntos. De emoção, de alegria e muito alívio. Sonia Rosa é carioca e tem 43 anos. Sua experiência como professora de crianças e adolescentes a levou a escrever 12 livros sempre adotados nas escolas. Entre eles [...]