Em Porto Alegre, um grupo de rapazes se reúne numa oficina mecânica e decide fazer uma viagem curta e divertida, 'viagem de prazer até o mar'. A esses jovens junta-se o Cati, como é conhecido o personagem que dá título ao romance. Quando chegam ao mar, dois dos rapazes (Norberto e o Cati) decidem continuar a viagem e se desgarram do grupo. É nesse momento que as peripécias de uma viagem de prazer vão se tornando, aos poucos, um pesadelo, uma descida ao inferno. Perto de Florianópolis Norberto e o maluco são detidos de forma inexplicável, e em seguida são conduzidos de barco ao Rio de Janeiro, onde passam uma temporada no cárcere. O ambiente opressivo do Estado Novo pontua uma parte dessa desventura insólita, pois a prisão arbitrária dos dois personagens é, em si, significativa. Além disso, o silêncio de Cati pode ser visto como uma metáfora à censura e ao medo durante esse período da vida política brasileira.