Os habitantes da região Sudoeste, nos tempos primórdios, foram os índios Bororo Cabaçais. Eles usavam a poaia, um arbusto abundante na localidade, como remédio para curar seus males. Depois vieram os Bandeirantes, com a missão de catequizá-los e explorar suas terras em busca do ouro e da poaia. Para fomentar e expandir as fronteiras agrícolas no Brasil, foi instituída a Marcha para o Oeste, em 1937. Mas foi uma ação posterior, considerada de Marcha para o Sudoeste de Mato Grosso, que desencadeou o início do povoamento da região. Esse fato culminou com a inauguração da ponte Marechal Rondon, em 1961. Nessa nova Marcha, estavam entre os imigrantes os senhores Zeferino José de Mattos, Luiz Barbosa e Miguel Barbosa do Nascimento. Os três, com sítios vizinhos. Seus lotes de terras foram demarcados com quatro marcos fincados no cruzamento de duas picadas abertas para essa finalidade. E os pioneiros e desbravadores foram chegando e adentrando a floresta. Para isso, abriam picadas no meio da mata virgem. A informação de fertilidade e fartura do solo colocava a localidade como uma terra prometida para eles. Os pioneiros e desbravadores enfrentaram durezas. Mas a vontade de dar o melhor para os filhos sobressaiu nas dificuldades. Não tinham água: foi preciso abrir poços no meio da mata. Não tinham estradas. Não tinham comércio. E gastavam dias para chegar na cidade de Cáceres, onde faziam suas compras. Uma escolinha de pau a pique foi construída numa clareira aberta na encruzilhada dos quatro marcos. Era o ano de 1966. Mas foi no dia 15 de junho de 1967 que a escolinha foi inaugurada em definitivo. E teve uma grande festa. E foi a partir de então que começou a saga para se construir uma cidade. E essa saga originou São José dos Quatro Marcos, batizada desde o início como sendo as terras de São José.