"A importância principal do texto está no fato de não assumir a visão dicotômica entre uma situação anterior, na qual a autonomia estadual era quase plena, em que as forças regionais davam as cartas; e uma situação posterior, quando as forças regionais se curvaram de forma total à onipotência do governo federal. Todo mundo sabe que rupturas radicais são raras na História. Isso tem sido destacado também para a nossa Revolução de 1930. 'Estado de compromisso', ' modernização conservadora' são expressões que, entre outras, procuram dar conta de que houve mudanças, sim, mas também permanências. E não foi muito diferente no próprio período do Estado Novo (1937-1945)."