Tal conduta, que se constata desde o Brasil colônia, se mantém na contemporaneidade e os problemas se arrastam, crescem e diversificam, na mesma medida em que aumentam as reclamações contra a inércia do . Desse modo, transmitida a responsabilidade para o Estado, não há qualquer reflexão ou debate mais amplo sobre tais situações incômodas, que são afastadas com o simples ato de se atravessar para o outro lado da rua ou de se virar cabeça, quando elas se interpõem no caminho. Isto é o que acontece, por exemplo, em relação aos moradores de rua, às crianças abandonadas, às prostitutas maiores e menores, aos doentes que vagam pelas cidades e, em data mais recente, aos usuários de drogas que igualmente ocupam as ruas. A presente obra dedica-se ao estudo das drogas, em uma das vertentes mais delicadas, que é o cabimento ou não da internação compulsória daqueles que delas fazem uso abusivo.