A presente obra tem como escopo analisar os aspectos jurídicos e éticos que envolvem a intricada relação entre condições ambientais e alterações genéticas que provocam o adoecimento humano. Saúde humana e meio ambiente estão intrinsecamente relacionados, a tal ponto que condições adversas no ambiente podem prejudicar a estrutura do DNA, objeto de estudo da ecogenética, assim como a manifestação dos genes, premissa atinente à epigenética. A maior parte das condições adversas observadas no ambiente são causadas por ações humanas. Dessa forma, é o próprio homem quem está a prejudicar a sua constituição genética e, muito provavelmente, a expressão dos genes dos seus descendentes, visto que alguns estudos apontam no sentido da existência de uma memória epigenética. Cuidar do meio ambiente é, então, premente para a preservação da saúde humana, inclusive no nível genético.