Este livro relata, de maneira particularmente viva e ilustrada, a prática psicanalítica da autora num serviço de reanimação neonatal e a forma pela qual, progressivamente, ela pôde estabelecer uma prática original que não se resume à inserção da esculta analítica na prática médica. A partir do trabalho com a equipe, foi a própria posição do discurso médico encontrado pelos pais e pelas crianças que foi modificada. Pelas rupturas que provocam e pelas situações inéditas que criam, os progressos técnicos evidenciam os elementos fundamentais, necessários à sobrevivência psíquica, do laço mãe-filho e, em geral, pais-filhos. É por isso que, ao lado de uma reflexão sobre o trabalho do analista num serviço de alta tecnologia médica, a autora desenvolve um certo número de elementos de alcance mais geral, referentes a esta relação originária mãe-filho a partir de uma experiência-limite, e subverte algumas das idéias estabelecidas particularmente divulgadas em nossa época.